sábado, 21 de novembro de 2020

 

PROCURA-SE NEGAR A CIÊNCIA, REGRESSANDO-SE A  EXPLICAÇÕES PSEUDOCIENTÍFICAS, SEMPRE COM UM PÉ NA TEOLOGIA OU NA METAFÍSICA

A propósito de Darwin e da Evolução: a estratégia da aranha consiste na perfeição e resistência da sua teia, na competência que milénios de Evolução lhe conferiram. Não me venham para cá com o "designer inteligente" ou outras justificações pseudo-científicas e místicas, sempre com deus escondido por detrás de uma nuvem ou pela própria névoa da humana ignorância, porque por cada sucesso na sobrevivência das espécies houve milhares de fracassos estrondosos e, assim, extinções em série, ainda em curso. Tentativa a tentativa se foi criando o êxito e o fracasso. Um "designer inteligente" fracassaria alguma vez?






sábado, 14 de novembro de 2020

 

A GRANDE FRAUDE
Carlos Rodarte Veloso
“O Templário”, 12 de Novembro de 2020
Depois da maratona estado-unidense dos últimos dias, festeja-se – leia-se: a maior parte do mundo festeja! – a derrota de Trump e a eleição de Joe Biden e de Kamala Harris para a presidência dos EUA.
A intrincada teia da Constituição norte americana, cuja contagem de votos acaba por beneficiar os candidatos minoritários, leva à aberração de os menos votados conseguirem – como aconteceu nas eleições que deram a vitória a Trump – superar os milhões de votos de vantagem da sua concorrente directa, dando uma estranha imagem do conceito de Democracia naquelas terras que se consideram o seu berço.
Nas actuais eleições repetia-se o mesmo ciclo vicioso, e as estranhíssimas alegações de Trump de lhe roubarem a sua “folgada vitória” – que é coisa nenhuma – através de alegada fraude obtida pelos Democratas nos votos pelo correio, conduziram à sua inacreditável atitude de bombardear os tribunais com essa espantosa acusação…
Espantosa, mas levada a cabo por um batalhão de advogados, tentando bloquear a contagem dos votos e assim ilegalizar, Estado a Estado, as contagens mais que vitoriosas dos Democratas.
O grande problema a que esta atitude conduziu foi a aparente recusa de Trump de entregar o poder – pelo menos parece ser essa a sua estratégia – e a ameaça estribada numa sinistra milícia, a QAnon, muito semelhante às SA e SS de Hitler ou as outras tropas de choque dos fascismos do século passado, armada até aos dentes, ameaçadora da ordem naquele país e, até, apontada como possível organizadora duma – nova – guerra civil!
É próprio filho do candidato derrotado que se apresenta como o possível dirigente daquele bando de autênticos energúmenos.
A alegação de fraude esgrimida contra Biden é claramente falsa, dado ser uma tese sem qualquer prova material, que as próprias redes sociais têm denunciado, chegando a bloquear as declarações de Trump, declaradamente difamatórias.
A verdadeira tentativa de fraude é dele próprio, o mais mentiroso e descarado dos políticos deste século.
No meio dos naturalíssimos festejos que celebram o fim de uma amarga experiência política que pôs os States e o Mundo de pernas para o ar, associada ao triunfo da morte trazido pelo Coronavírus, aliás criminosamente negligenciado pela administração de Trump, fica a ameaça, esperemos que inconsistente, de um conflito em que, venhamos a ver a Casa Branca cercada pelo exército do QAnon, disposto a manter no poder um criminoso colado ao poder, que fez escola em inúmeros países.
Esperemos que triunfe o bom senso e o Mundo tenha um momento de – muito relativa – paz.
Apesar da pandemia e dos mil problemas que agora enfrenta!
Gosto
Comentar
Partilhar