O Templário, 13-11-2014
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A
campanha que o governo, o PSD e o PP iniciaram quase logo a seguir à vitória de
António Costa nas Primárias do PS, prima por uma certa histeria, como se o
pânico começasse a apoderar-se dessa boa gente que tanto tem feito pelo país.
Na
verdade, já não há dia em que um ilustre deputado, um membro qualquer dos
partidos da coligação, um governante até, no meio das suas declarações mais
diversas, não dedique uma pausa a um ataque cerrado ao actual autarca de
Lisboa.
Se
não conhecêssemos a bravura desta gente que nos governa, o seu indefectível
patriotismo que não cessa de oferecer a uma Europa – o que digo eu? – a um
Mundo inteiro, que diariamente nos aconselha, ameaça, sugere, suspeita, ofende,
a resposta digna dos nossos egrégios avós, quase diríamos que ... estão cheios
de medo!
A
actuação do ministro Pires de Lima no Parlamento, em tons de comédia bufa e, há
quem o diga, alguma ingestão da tal substância que dá de comer a um milhão de
portugueses, ficará como um marco na história parlamentar nacional. O tom
chocarreiro com que se dirigiu aos deputados da nação pretendia revelar alguma
ironia e imensa – oh! – imensa graça.
Tenho
a certeza de que o digno governante passaria no teste do balão e que o
arrazoado que tanto nos entusiasmou era apenas a prova de que, desde tenra
idade, de pé em cima de uma cadeira, encantava todos os familiares com o seu
talento histriónico. E fez mal em guardar tão encantadores dons da natureza. Os
portugueses bem mereciam compartilhar com as suas tias e primos esses belos
momentos da sua vida familiar.
Claro
que todo o coro de censuras a António Costa fica um pouco prejudicado por esta
genial prestação do ministro da Economia. De qualquer maneira, o espectáculo
principal, a Festa de Finalistas que os membros deste governo estão a preparar,
promete. As variedades já começaram e ainda falta quase um ano para o Baile de
Finalistas. E que baile vai ser!
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