Criar um blogue foi coisa que durante muito tempo mantive afastada da ideia. Penso que encarava esse tipo de exposição como o acto de exibicionismo de quem se imaginava suficientemente interessante para influenciar um auditório heterogéneo, e inteligente o bastante para manter a cabeça à tona de água perante a agitação provocada por todo o tipo de respostas, comentários e, porventura, provocações que daqui poderiam sair.
Há alguns anos, intervinha regularmente na imprensa local de Tomar, terra onde vivo há 25 anos, com comentários motivados pela situação nacional e internacional e com base também em eventos culturais que me pareciam especialmente apetitosos. Eram crónicas, nem sempre especialmente bem comportadas, sujeitas for vezes ao fogo da controvérsia. Mas o meio era pequeno, e estava-se em casa.
Pois mesmo esse apetite foi diminuindo nos últimos anos face à deterioração da nossa situação na Europa e no Mundo, como País e como Povo. E essa depressão que tudo invade, no País e no Mundo, já passou há muito a Linha que sempre me parecera o limite do razoável.
Não uma linha desejável, como a Passagem da Linha do Equador, que anunciava aos navegantes algo de novo e de excitante, porventura um futuro, outro futuro. Esta linha agora ultrapassada apenas anuncia uma ausência total de perspectivas, possivelmente um retrocesso civilizacional.
Entretanto e tantas vezes através da Internet, massas crescentes de gente fazem ouvir a sua voz e organizam-se, fazendo o impensável: invadindo praças e avenidas de todo o Mundo, ameaçando regimes já esquecidos dos ideais que defendiam e derrubando ditaduras.
Será a montanha que pariu um rato, ou o nosso ameaçado planeta poderá sonhar ainda com um novo paradigma, em que o lugar dos monstros do nosso tempo, como os nervosos mercados de que tanto se fala e as suas orientadoras, as agências de rating, haja um lugar para a espécie humana, gente de carne e osso?
Por acreditar ainda nisso, vou começar, ao ritmo que a preguiça e os intervalos do trabalho o permitirem, a botar palavra sobre o que me passar pela cabeça.
Há alguns anos, intervinha regularmente na imprensa local de Tomar, terra onde vivo há 25 anos, com comentários motivados pela situação nacional e internacional e com base também em eventos culturais que me pareciam especialmente apetitosos. Eram crónicas, nem sempre especialmente bem comportadas, sujeitas for vezes ao fogo da controvérsia. Mas o meio era pequeno, e estava-se em casa.
Pois mesmo esse apetite foi diminuindo nos últimos anos face à deterioração da nossa situação na Europa e no Mundo, como País e como Povo. E essa depressão que tudo invade, no País e no Mundo, já passou há muito a Linha que sempre me parecera o limite do razoável.
Não uma linha desejável, como a Passagem da Linha do Equador, que anunciava aos navegantes algo de novo e de excitante, porventura um futuro, outro futuro. Esta linha agora ultrapassada apenas anuncia uma ausência total de perspectivas, possivelmente um retrocesso civilizacional.
Entretanto e tantas vezes através da Internet, massas crescentes de gente fazem ouvir a sua voz e organizam-se, fazendo o impensável: invadindo praças e avenidas de todo o Mundo, ameaçando regimes já esquecidos dos ideais que defendiam e derrubando ditaduras.
Será a montanha que pariu um rato, ou o nosso ameaçado planeta poderá sonhar ainda com um novo paradigma, em que o lugar dos monstros do nosso tempo, como os nervosos mercados de que tanto se fala e as suas orientadoras, as agências de rating, haja um lugar para a espécie humana, gente de carne e osso?
Por acreditar ainda nisso, vou começar, ao ritmo que a preguiça e os intervalos do trabalho o permitirem, a botar palavra sobre o que me passar pela cabeça.
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