quinta-feira, 29 de março de 2018



EDIFÍCIOS CIVIS DE TOMAR DO TEMPO DO 

INFANTE D. HENRIQUE


Carlos Rodarte Veloso

“O Templário”, 29 de Março de 2018


           "Continua-se hoje a publicação de excertos do meu trabalho “Urbanismo e Arquitectura Civil de Tomar na Época da Expansão”

               Ainda em tempo do Infante D. Henrique, começava a desenvolver-se a “baixa” tomarense, ao mesmo tempo que eram construídos os edifícios destinados a abrigar as infra-estruturas económicas e administrativas indispensáveis a esse desenvolvimento. Teria sido no “Chão do Pombal” — hoje Praceta Alves Redol —, onde Gualdim Pais entregou o primeiro foral a Tomar e onde, em 1326, D. Afonso IV teria reunido o povo junto a um alpendre, o local escolhido para esses edifícios.
               As construções sucessivamente edificadas nesse espaço tiveram diversa denominação e diferentes funções e evolução: até à morte do Infante, foram os Paços da Ribeira ou da Várzea Grande, os mais antigos. No reinado de D. Manuel, o pelourinho da Vila, aí implantado, foi mudado para a actual Praça da República. Desde aí fala-se em Celeiro e Cubos, tratando-se, apesar da menor nobreza das funções, de casa sobradadas e com elementos arquitectónicos e decorativos de qualidade: um belo portal rematado pela Cruz de Cristo e datado de 1537, servia de entrada à loja do azeite do D. Prior, sendo hoje a porta principal do edifício do Turismo. Também um portal maneirista, de 1618, que era a entrada principal para os Cubos, se manteve no local até 1965, quando a construção da Ponte Nova demoliu quanto restava daquele complexo económico que também ficou conhecido como Paço dos Cubos, equívoco evidente já que não se tratava de um espaço áulico, mas produtivo. Parece que esta confusão se deve à vizinhança dos Estaus, par de edifícios mandados construir pelo Infante D. Henrique, onde teria falecido, vitimado pela peste, o rei D. Duarte no ano de 1438, referidos como “Paços”. As condições da sua morte são desconhecidas, bem como o motivo da sua associação a edifícios que dificilmente seriam considerados dignos de um rei quando, como vimos, eram os Paços do Infante, no Convento, o local adequado à permanência das altas individualidades, maioritariamente o monarca.
               Os Estaus, ladeando a actual Rua dos Arcos (Fig. 1 – Reconstituição pelo arquitecto João Pedro de Figueiredo  Mota Lima, 1960, in Figueiredo e Silva, União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, vol. IV, Tomar, 1960), “teriam sido criados com o intuito de proporcionar poiso aos feirantes e aos que à feira – pouco antes criada – ocorriam, a outros forasteiros e ainda à criadagem dos Mestres de Cristo e dos seus freires que viviam então pela cidade para evitar as reclamações da população contra os direitos de aposentadoria que se conhecem da época”, segundo Fernandes Sanchez Salvador e Tatiana Sousa Coelho no artigo de 2012 Os Estaus da Cidade de Tomar, publicado em  http//disegnarecon.unibo.it).
               Da construção, inacabada,  de que apenas sobrevivem duas arcadas libertas de outras construções, encontram-se as restantes, que não foram demolidas, integradas no complexo edifício, sujeitas que foram a modificações e adições devidas ao novo uso habitacional que sofreram ao longo dos tempos.
               Estas construções, atribuídas por Costa Rosa aos artífices do Claustro da Lavagem, devido a semelhanças formais e à identidade das siglas verificada nos dois monumentos, teriam sido edificadas depois de 1438, decerto devido aos protestos do povo, nas Cortes de Lisboa desse ano, precisamente contra os inumeráveis abusos cometidos pela nobreza ao usar do “direito de aposentadoria”.
               Obra igualmente de grande valor social foi a criação do Hospital de Santa Maria da Graça, mandado construir pelo Infante que, para isso, juntou os catorze hospitais e hospícios medievais, então espalhados pela Vila. O único desses edifícios que ainda resta sob uma forma bastante próxima das origens é o humilde Hospital de S. Brás, junto à entrada da Mata dos Sete Montes, a área florestal pertencente à Cerca do Convento de Cristo.
               Com a morte do Infante D. Henrique, em 1460, Tomar finaliza um ciclo decisivo da sua evolução. Mesmo que ele não tenha responsabilidades na organização do seu traçado viário, a sua administração preparou a Vila para os desafios de um tempo que ele próprio preparou, quando enviou as primeiras barcas ao encontro do desconhecido…

sexta-feira, 23 de março de 2018



OS “PAÇOS DO INFANTE” E O 

ESPAÇO CONVENTUAL

Carlos Rodarte Veloso

“O Templário”, 22 de Março de 2018

                    "Continua-se hoje a publicação de excertos do meu trabalho “Urbanismo e Arquitectura Civil de Tomar na Época da Expansão”

               Muitos dos edifícios que hoje podemos admirar no Centro Histórico de Tomar, apesar de numerosas “reabilitações” os terem desfigurado, mantêm ainda grande número de elementos que sobrevivem desde os séculos XV e XVI: janelas, portas, elementos decorativos… Destaca-se especialmente a moradia nobre, o palácio, por muito relativa que essa designação possa ser , especialmente numa vila de média dimensão como é o caso de Tomar. No entanto, muitos dos palácios aqui existentes foram de tal forma adulterados que pouco conservam da traça original, tendo alguns desaparecido de todo, hoje substituídos por edifícios com diferentes funções mas, sobretudo, muito mais pobres do ponto de vista estético.
               Até à nomeação do Infante D. Henrique, em 1420, como governador e administrador apostólico da Ordem de Cristo, toda a vida social de Tomar se concentra em torno e, principalmente, dentro das muralhas do Castelo Templário que, até 1499, continuam a dar abrigo a moradores laicos. Com a administração do Infante assistimos a uma gradual deslocação do centro social da Vila para a margem do Nabão, enquanto se acentua a separação física entre os dois núcleos: o Convento e a Vila de baixo, cindidos mas interdependentes.


               A construção dos “paços velhos”, primeira fase construtiva do chamados Paços do Infante, tem lugar entre 1425 e 1435, na sequência da edificação dos  claustros góticos do  Cemitério e da Lavagem, como eles riscados por Fernão Gonçalves. Esta obra destinava-se a acomodar D. Henrique num espaço digno da sua elevada posição e da imagem que pretendia preservar, o Castelo. A sua contiguidade com a parede do Claustro da Lavagem parece dar continuidade, no espaço e no tempo, a uma expansão na direcção da Alcáçova medieval, ou seja, de poente para nascente. A construção do “Paço da Rainha” ou “paços novos” manuelinos, obra confiada a João de Castilho cerca de 1515, deu-lhes um novo impulso nessa direcção, que viria a ser atingida, já sob formas renascentistas, durante a regência de D. Catarina, entre 1557 e 1562.
               O conhecimento destes paços chega-nos, pela via documental, através do inventário do desembargador Pedro Álvares Sêco que, entre outras valiosas informações, refere grandes modificações estruturais, espaciais e, decerto, funcionais, a que foram sujeitas estas edificações.
               A fachada, hoje muito modificada quanto às aberturas, pode ser admirada na iluminura da portada do Livro IV da Estremadura, da Leitura Nova de D. Manuel I, de 1509. Nela se pode ver a “Porta dos Arcos”, na base da escadaria manuelina e as janelas dispostas aos pares, talvez geminadas, com uma sequência rítmica e uniforme entre as do Claustro da Lavagem e as dos paços. As amplas e sóbrias janelas que hoje as substituem, têm interiormente adossados, pequenos bancos laterais, as chamadas “conversadeiras”
               Uma sondagem arqueológica efectuada em 1985, sob a direcção de Salete da Ponte, no espaço interior destes paços, rectangular e dividido em dois tramos de arcos quebrados, pôs a descoberto uma calçada “em espinha”, possivelmente moçárabe, anterior à construção dos “paços velhos”, bem como as fundações de um muro com meio metro de espessura e vários pavimentos sobrepostos. Um deles, em tijoleira, parece ser contemporâneo da remodelação dos mesmos paços.
               A contribuição moçárabe detectada no espaço civil do Monumento, adequa-se perfeitamente à recusa da tese do ermamento, antes identificando mais uma das sucessivas ocupações do território de Tomar, neste caso islâmica, pois só essa contribuição explica a existência de moçárabes, isto é, cristãos vivendo sob o domínio muçulmano e influenciados pela respectiva cultura.
               Essa diversidade cultural parece-me ser a chave do período áureo da tolerância religiosa em Portugal e, especialmente, nesta Cidade, que se pode honestamente considerar como “das três religiões monoteístas”. Aliás, a construção da Sinagoga, sob o governo e a égide do Infante D. Henrique, completa esse quadro excepcional de inclusão, uma palavra hoje tão corrompida pelo (mau) uso, que quase perdeu o significado.


MAIS UMA ENORMIDADE DE TRUMP, ESTA CONTRA OS ELEFANTES!

Carlos Rodarte Veloso

Todos os animais merecem e exigem protecção por parte dos seres humanos. E amor também, porque parte da beleza do mundo reside na sua existência. Deixar que monstros que se divertem a maltratar, abandonar ou massacrar os animais tenham o apoio de poderes instituídos, neste caso a presidência dos EUA, é uma aberração e um crime! Esta porta aberta ao assassínio do mais magnífico dos mamíferos terrestres e um dos mais inteligentes, é mais um gravíssimo atentado contra a Natureza. Juntemo-nos a nível mundial para condenar todos os governantes que, como Trump, manifestam o mais abjecto desprezo pelos mais elementares valores humanos.

MANUTENÇÃO DAS GARRAIADAS NA QUEIMA DAS FITAS PELO "CONSELHO DE VETERANOS" CONTRA O VOTO DE MAIS DE 70% DOS ESTUDANTES DE COIMBRA

Carlos Rodarte Veloso

Os "veteranos" sempre foram a nódoa da Universidade de Coimbra. Falhados como alunos, falhados como colegas, falhados como cidadãos, falhados como seres humanos! Agora querem assinar a própria sentença de morte como académicos...
Esta atitude antidemocrática e estupidamente anti-estudantil de não acatar o voto da maioria que quer acabar com as garraiadas, tira-vos última oportunidade de sobreviver no século XXI ! Vão parar ao Museu das velharias como múmias adiadas, que sempre foram!

quinta-feira, 15 de março de 2018



URBANISMO DE TOMAR DA ANTIGUIDADE À IDADE MÉDIA
Carlos Rodarte Veloso
“O Templário”, 15 de Março de 2018

Dou aqui início à publicação de excertos escolhidos, corrigidos e actualizados do meu trabalho apresentado em Dezembro de 1997 ao concurso para professor coordenador do Instituto Politécnico de Tomar, com o título “Urbanismo e Arquitectura Civil de Tomar na Época da Expansão”, na sequência e desenvolvimento de nove artigos denominados “Velhas Pedras de Tomar”, publicados no boletim cultural  “Tomar à Letra,”  de Setembro de 1995 a Outubro de 1997. Carlos Trincão, no seu blogue JÁTENHOUMBLOGUE.BLOGSPOT.PE, apresentou um resumo desses artigos em 3 de Fevereiro de 2018.

            É um dado universalmente reconhecido a singularidade do traçado urbano de Tomar que, desde os tempos medievais, corresponde, muito ao contrário do que era uso nessa época, a uma regularidade e harmonia que apenas encontra paralelo na malha urbana das antigas cidades provinciais fundadas pelos Romanos.
            Se é difícil encontrar  ainda plantas seguindo o modelo do "tabuleiro de xadrez", com as suas ruas principais — o cardo e decumano máximos — cruzando-se perpendicularmente no Forum, e todas as outras paralelas a estas, a verdade é que não precisamos de sair do território da Península Ibérica para encontrarmos exemplos dessa extraordinária regularidade e planeamento urbanos, tradicionalmente atribuídos a Hipódamo de Mileto, mas mais provavelmente inspirados na disciplina militar do acampamento romano. Bom exemplo é Emerita Augusta, actual cidade espanhola de Mérida, capital da Lusitânia Romana, fundada por Augusto em 25 a.C, cujo traçado viário, deduzido da sua rede de esgotos da época romana, revela a indesmentível influência de toda a teorização hipodâmica e, também, vitruviana.
            No actual território português, a cidade romana mais famosa e também a mais escavada, é Conimbriga. Nas traseiras do Forum de Augusto foram identificadas algumas casas modestas que os urbanistas romanos pouparam da demolição efectuada para a edificação do monumento. O que resta desse bairro pré-imperial permite pensar num plano regular das ruas cruzando-se quase perpendicularmente.
            Os vestígios de outras cidades romanas em território português, não permitem tirar grandes conclusões quanto ao seu tecido urbano, no entanto o urbanismo de Aquae Flaviae, actual Chaves, parece ter marcado profundamente o traçado da zona central da cidade dos nossos dias a qual, longe de exibir o anárquico urbanismo medieval comum no centro da maioria das nossas cidades antigas, faz pensar numa continuidade entre a Antiguidade e os tempos actuais.
            Esse mesmo tipo de raciocínio ocorre facilmente em relação a Tomar e à sua antecessora, Sellium. Apesar de ser ainda limitada a área escavada, a verdade é que a localização do Forum, bem como a sua relação com as "insulae" e os vestígios de cardos menores, tudo na margem esquerda do Nabão, aponta para a "orientação e projecção ortogonal da cidade".
Lamentável é que os vestígios do forum visíveis nas traseiras do edifício dos Bombeiros, escavados há cerca de trinta anos por Salete da Ponte, se encontrem num estado de abandono tal que todo o terreno escavado está totalmente coberto de vegetação e irreconhecível como vestígio arqueológico. No entanto, o trabalho arqueológico relativo à ocupação romana e medieval obteve um razoável conhecimento da malha urbana de Tomar. A hipótese da sua eventual transposição para a margem direita através da ponte romana então existente e muito próxima da chamada “Ponte Velha” ou Ponte D. Manuel, parecia igualmente de ser tomada em consideração, o que foi corroborado por Carlos Batata, em “Origens de Tomar - Carta Arqueológica do Concelho”, Tomar, 1997,  tanto no que diz respeito à ponte como ao traçado viário da referida margem direita do rio.
            Na verdade, um simples olhar sobre a planta actual de Tomar, e muito especialmente sobre a margem "medieval", logo chama a atenção pela regularidade do seu traçado, tendencialmente hipodâmico, nada “medieval”, portanto.   A tradição de ser o planeamento urbanístico obra do Infante D. Henrique, Governador e Administrador da Ordem de Cristo desde 1420, por muito sedutora que pareça, é hoje totalmente indefensável . No entanto, não repugnaria enquadrar esse hipotético ordenamento numa realidade local dominada pelo poder político e económico de uma alta personagem como é o caso do Infante, já que se verifica uma atitude mecenática da sua parte em relação à organização da Vila medieval. Chamar-lhe plano renascentista é que não convence, já que a introdução de uma estética classicista em Portugal apenas se inicia, timidamente, no reinado de D. Manuel I, encontrando o seu pleno apenas com D. João III.  A haver "plano quatrocentista", deve ter-se adaptado às vias preexistentes, romanas evidentemente, como provavelmente aconteceu em Chaves e noutros locais.
            Se Sellium era, como se depreende da ausência de vestígios de muralhas, uma cidade aberta, segura pela Pax Romana, nada obsta a que o seu traçado se alargasse, naturalmente, à outra margem do rio. A insegurança dos últimos tempos do Império, marcados pelo temor colectivo e invasões várias, teria assim conduzido ao relativo despovoamento do primeiro núcleo urbano, demasiado exposto militarmente — embora em zona mais salubre — e à preferência pela proximidade do monte, decerto fortificado.
            Terá havido, assim, uma continuidade entre o povoamento romano e o medieval. O recurso à etnografia local permite também tirar algumas conclusões interessantes: o crescimento e irradiação do culto de Santa Iria contradiz as teses do “ermamento”, tão em voga desde Alexandre Herculano, segundo a qual desde o domínio muçulmano no século VIII, à fundação do castelo templário, em 1160, a região de Tomar se teria tornado um autêntico deserto, assombrado apenas pelas ruínas dos velhos edifícios. As recentes declarações de Cláudio Torres, na sua entrevista à revista “Sábado”, acerca da ocupação árabe de parte do território peninsular, obrigam a uma grande cautela em relação às ideias tradicionais sobre o assunto.
            De facto, como explicar a continuidade verificada na agricultura local, especialmente ao nível de sistemas hidráulicos de regadio, muito provavelmente introduzidos pelos Árabes? Como explicar as muitas lápides pré-românicas  e tantos topónimos de origem árabe, o desenvolvimento de culturas mediterrânicas ou as novas árvores de fruto introduzidas?
            Considero muito provável uma ocupação contínua desta região desde o período romano aos nossos dias, certamente com períodos de decréscimo demográfico, mas com um certo número de edifícios e instituições, principalmente religiosas, a manter acesa a chama cultural, reavivada após a Reconquista cristã e a reactivação da Vila. O historiador José Mattoso acentua precisamente o papel dos moçárabes na manutenção do culto de diversos santos nacionais, levantando a hipótese de terem sido os mesmos moçárabes agentes do crescimento de outros cultos nacionais, como o de Santa Iria. De que outros moçárabes se trataria, neste caso, senão dos cristãos nabantinos sob o domínio árabe?
            Mas a Reconquista e o repovoamento consequente vão possibilitar um aumento da população e fundação, em 1160, do Castelo Templário, guarda avançada dos Cristãos próximo da linha do Tejo.
            Na verdade não vejo outra forma de explicar a notável regularidade e a excepcional ortogonalidade viária da margem “medieval” do Nabão, o “paradoxo” de Tomar.


sábado, 10 de março de 2018



ÍNDICE DOS ARTIGOS PUBLICADOS NESTE BLOGUE
ATÉ 10 DE MARÇO DE 2018

            Passagem da Linha, (Blogue – Passagemdalinha.blogspot.pt)

1.       “Passagem da Linha”, 23 de Outubro de 2011.
2.       “A guerra para acabar com todas as guerras”, 23 de Outubro de 2011.
3.       “O Referendo”, 3 de Novembro de 2011.
4.       “O famoso referendo grego”, 19 de Novembro de 2011.
5.       “Humor Lusitano”, 9 de Janeiro de 2012.
6.       “Os direitos dos animais”, 5 de Agosto de 2014.
7.        “Regresso à cinzenta realidade”, 5 de Setembro de 2014.
8.       “O século XXI”, 28 de Agosto de 2014.
9.       “Voltaire e a Tolerância”, 4 de Setembro de 2014.
10.   “O Banco Bom e o Banco Mau”, 11 de Setembro de 2014.
11.   “Primárias”, 28 de Setembro de 2014.
12.   Descrédito e descaramento”, 2 de Outubro de 2014.
13.   “Lições da História”, 19 de Outubro de 2014.
14.   “O Património do nosso Descontentamento”, 26 de Outubro de 2014.
15.   “A Festa de Finalistas”, 19 de Novembro de 2014.
16.   “Restauração”, 30 de Novembro de 2014.
17.   “A paciência dos pacientes”, 7 de Dezembro de 2014.
18.   “Charlie somos todos nós”, 17 de Janeiro de 2015.
19.   “Sobreviver no Inverno”, 29 de Janeiro de 2015.
20.   “Cobardia”, 15 de Fevereiro de 2015.
21.   A Choldra”, 16 de Março d de 2015.
22.   “Mariano Gago e a Ciência em Portugal”, 26 de Abril de 2015.
23.   “O meu 25 de Abril – Uma semana prodigiosa”, 1 de Maio de 2015.
24.   “Palmira, património mundial em perigo”, 7 de Junho de 2015.
25.   “Sinais dos Céus”, 18 de Setembro de 2015.
26.   “Mitos urbanos”, 27 de Junho de 2015.
27.   “O que nós devemos à Grécia”, 30 de Julho de 2015.
28.   “Palmira e a Civilização”, 25 de Agosto de 2015.
29.   “Os Refugiados, a Esquerda e as Eleições Legislativas”, 13 de Setembro de 2015.
30.   “A obsessão de Passos Coelho”, 19 de Setembro de 2015.
31.   “O mistério das sondagens”, 26 de Setembro de 2015.
32.   “Um cofre cheio de mentiras”, 1 de Outubro de 2015.
33.   “O que faremos a estes votos?”, 8 de Outubro de 2014.
34.   “Humildade”, 15 de Outubro de 2015.
35.   “Se isto é um Presidente”, 1 de nOvembro de 2015.
36.   “Terror absoluto”, 16 de Novembro de 2015.
37.   “Um mundo para salvar”, 20 de Dezembro de 2015.
38.   “Remake hard core de ‘Os Pássaros’ de Hitchcock”, 23 de Junho de 2016.
39.   “A última oportunidade da Europa”, 7 de Julho de 2016.
40.   “Jogos Olímpicos na ‘Cidade Maravilhosa’”, 6 de Agosto de 2016.
41.    “E se Trump vence?”, 22 de Setembro de 2016.
42.   “O ego de Sócrates”, 29 de Setembro de 2015.
43.   “Do desconcerto do mundo”, 3 de Novembro de 2016.
44.   “Um branco bronco na Casa Branca”, 17 de Novembro de 2016.
45.   “O Dilúvio de 1967”, 25 de Novembro de 2016.
46.   Humboldt, precursor do ambientalismo”, 1 de Dezembro de 2016.
47.   “Ser Professor”, 7 de Dezembro de 2016.
48.   “História e Verdade”, 21 de Dezembro de 2016.
49.   “A Odisseia: onde nascem os contos, 22 de Dezembro de 2016.
50.   “Corfu, a ilha dos Feaces”, 30 de Dezembro de 2016.
51.   “Arte e Cultura Geral”, 31 de Dezembro de 2016.
52.   “Seis horas em Atenas”, 7 de Janeiro de 2017.
53.   “Retábulos e portais barrocos transmontanos”, 7 de Janeiro de 2017.
54.   “Mário Soares o combatente sem medo da Liberdade”, 8 de Janweiro de 2017.
55.   “Olhar, ver e sentir: a génese do gosto artístico”, 12 de Janeiro de 2017.
56.   “O Manuelino, arte do Tardo-Gótico português”, 22 de Janeiro de 2017.
57.   “Associação de malfeitores”, 24 de Janeiro de 2017.
58.   “Gravuras animadas do Paleolítico em Foz Côa”, 25 de Janeiro de 2017.
59.   “À beira do abismo”, 27 de Janeiro de 2017.
60.   “Camões e o seu Tempo”, 30 de Janeiro de 2017.
61.   “Identidade nacional e globalização”, 2 de Fevereiro de 2017.
62.   “As Capelas de Ossos em Portugal”, 6 de Fevereiro de 2017.
63.   “Iconografia do Índio Brasileiro na arte quinhentista portugue”A Mulher na Arte”, 9 de Fevereiro de 2017.
64.   “Montesinho, Trás-os-Montes”, 12 de Fevereiro de 2017.
65.   “A Mulher na Arte I”, 16 de Fevereiro de 2017.
66.   “Do carpe diem à vanitas”, 22 de Fevereiro de 2017.
67.   “A Mulher na Arte II”, 25 de Fevereiro de 2017.
68.   “Perspectiva e ‘Trompe l’Oeil’ ”, 28 de Fevereiro de 2017.
69.   “Mulher”, 8 de Março de 2017.
70.   “A Cidade das Flores - I”, 9 de Março de 2017.
71.   “Os dois ‘Cristos Ressuscitados’ de Miguel Ângelo”, 14 de Março de 2017.
72.   “A Cidade das Flores - II”, 16 de Março de 2017.
73.   “O ‘antigamente’ da nossa vida colectiva”, 19 de Março de 2017.
74.   “A Cidade das Flores- III”, 23 de Março de 2017.
75.   “Pigmalião e Galateia, um mito intemporal”, 27 de Março de 2017.
76.   “A Cidade das Flores – IV, 6 de Abril de 2017.
77.   “Marginalia integrada em edifícios religiosos portugueses”, 10 de Abril de 2017.
78.   “O Plátano de Cós”, 11 de Abril de 2017.
79.   “Coimbra, 17 de Abril de 1969 – A caminho da Revolução” (Actualização de artigo publicado no Cidade de Tomar de 17-4-1998)
80.   “O Farol-Torre da Corunha”, 26 de Abril de 2017.
81.   “A Toscana”, 27 de Abril de 2017.
82.   “Historial do Primeiro 1º de Maio”, 1 de Maio de 2017.
83.   “Borboletário tropical no Parque Ambiental de Santa Margarida”, 6 de Maio de 2017
84.   “Apontamento sobre a arquitectura templária”, 9 de Maio de 2017.
85.   “Esclavagismo e racismo no Portugal das Descobertas”, 11 de Maio de 2017.
86.   “Vamos proteger as nossas árvores!!!”, 12 de Maio de 2017.
87.   Vitória de Portugal sem ser no futebol!!! Ou O triunfo da simplicidade”, 13 de Maio de 2017.
88.   “Pequeno apontamento sobre a história da porcelana europeia”, 14 de Maio de 2017.
89.   “Tomar e o Cerco de 1190 ou Como se conta a História”, 14 de Maio de 2017.
90.   “Assassinos diplomados da Língua Portuguesa, 17 de Maio de 2017.
91.   “Habemus Papam”, 18 de Maio de 2017.
92.   “Finisterra”, 28 de Maio de 2017.
93.   “António Barreto a caminho da ribalta pelos piores motivos”, 31 de Maio de 2017.
94.   “Dia Mundial da Criança, 1974”, 1 de Junho de 2017.
95.   “O Convento de Cristo alvo de vandalismo devido a filmagens”, 3 de Junho de 2017.
96.   “Êxtase de Santa Teresa de Ávila, de Bernini”, 3 de Junho de 2017.
97.   “Património da Humanidade em perigo”, 8 de Junho de 2017.
98.   “O desgosto de Marine Le Pen”, 15 de Junho de 2017.
99.   “Os incêndios, última ‘janela de oportunidade’ da direita: intriga, boato e
               calúnia, a única linguagem que conhece”, 20 de Junho de 2017”
100.           “Fontes de Roma”, 24 de Junho de 2017.
101.           “Igrejas Rupestres do Vale do Ebro”, 26 de Junho de 2017.
102.           Independentemente das culpas de alguns responsáveis que devem
                               ser inquiridos e culpabilizados”, 2 de Julho de 2017.
103.           “O Templo Ecuménico da Serra da Lousã”, 9 de Julho de 2017.
104.           “228 Anos da Tomada da Bastilha”, 14 de Julho de 2017.
105.           “Tomar: o espaço e o tempo - Da Romanização à Idade Média”, 22 de
       Julho de 2017.
106.           “Tomar: o espaço e o tempo – Destruição do Património Edificado”, 29
               de Julho de 2017.
107.           “Um campo de extermínio nazi em França”, 30 de Julho de 2017.
108.           “Os media de referência, os eucaliptos e a chicana política”, 4 de
               Agosto de 2017.
109.           “Monstros em Veneza ou A Galinha dos Ovos de Ouro”, 10 de Agosto
               de 2017.
110.           “A Torre-Mirante de Santa Cruz, um ar da Toscana na região Oeste de
               Portugal”, 10 de Agosto de 2017.
111.           “A Torre-Mirante de Santa Cruz, um ar da Toscana na região Oeste de
               Portugal –  Adenda”, 11 de Agosto de 2017.
112.           “O terrorismo incendiário”, 14 de Agosto de 2017.
113.           “Batalha de Aljubarrota”, 14 de Agosto de 2017.
114.           “Manuscrito, uma página autobiográfica”, 15 de Agosto de 2017.
115.           “Traquinices apocalípticas”, 19 de Agosto de 2017.
116.           “Vigo e as Rias Baixas”, 24 de Agosto de 2017.
117.           “Por quem os Sinos Dobram”, 24 de Agosto de 2017.
118.            “Os ratos estão a sair das sarjetas”, 31 de Agosto de 2017.
119.           “A ‘Universidade’ dos despeitados e dos candidatos aos belos tachos”, 7 de
       Setembro de 2017.
120.           “Fabulário 1 – A Invenção da Lira”, 13 de Setembro de 2017.
121.           “Duas greves muito pouco exemplares”, 15 de Setembro de 2017.
122.           “Portugal e o Mundo nas Vésperas das Autárquicas”, 24 de Setembro de
               2017.
123.           “Portugal e a Catalunha, de 1640 a 2017”, 28 de Setembro de 2017.
124.           “Rajoy, o novo ‘Caudillo’ da Espanha”, 5 de Outubro de 2017.
125.           “Uma igreja românica no Alto Minho: Bravães”, 8 de Outubro de 2017.
126.           “Assunção e água benta cada um toma a que quer”, 12 de Outubro de 2017.
127.           “Belas-Artes e Artes Aplicadas, a falsa hierarquia do gosto”, 19 de Outubro de    
               2017.
128.           “Arte e utilidade”, 2 de Novembro de 2017.
129.           “Arte e poder”, 9 de Novembro de 2017.
130.           “Arte e Propaganda da Antiguidade ao século XIX”, 16 de Novembro de 2017.
131.           “A propósito de Darwin e da Evolução: a estratégia da aranha”, 17 de
               Novembro de 2017.
132.           “Castelos templários do concelho de Idanha-a-Nova”, 20 de Novembro
       de 2017.
133.           “Arte e Propaganda nos séculos XX e XXI”, 23 de Novembro de 2017.
134.           “Dia da Restauração, agora também restaurado”, 1 de Dezembro de     
                               2017.
135.           “Arte e Religião”, 7 de Dezembro de 2017.
136.           “A Arte e os seus mecenas”, 15 de Dezembro de 2017.
137.           “A Mulher na Arte e a Arte da Mulher”, 29 de Dezembro de 2017.
138.           “No princípio de um novo ano parece apropriado invocar Janus.
139.           “Arte e Literatura”, 11 de Janeiro de 2018.
140.           “O Mar Morto numa cratera vulcânica”, 12 de Janeiro de 2018.
141.            “Arte e Iconografia”, 18 de Janeiro de 2018.
142.           “Os “Populares” europeus e o seu oportunismo abjecto para com Centeno
               Portugal”, 31 de janeiro de 2018.
143.           “Sem querer ser moralista...redes sociais”, 31 de Janeiro de 2018.
144.           “O Bom e o Mau Juiz, fresco do Tribunal Medieval de Monsaraz”,  4 de
               Fevereiro de 2018.
145.           “Natureza morta e ‘trompe l’oeil’ na História da Arte”, 8 de Fevereiro de 2018.
146.           “Os eucaliptos estão de novo a crescer nos campos ardidos”, 13 de Fevereiro
               de 2018.
147.           “Do Carpe Diem à Vanitas”, 15 de Fevereiro de 2018.
148.           “Giordano Bruno no aniversário do seu martírio”, 17 de Fevereiro de 2018.
149.           “As capelas de ossos em Portugal e a arte do macabro”, 22 de Fevereiro de
               2018.
150.           “A sugestão de Trump para armar os professores”, 23 de Fevereiro de 2018.
151.           “Instalação ‘Presos Políticos’ censurada na ARCOMADRID 2018”, 26 de
               Fevereiro de 201.
152.           “Arte e Perspectiva”, 1 de Março de 2018.
154.           “Lutaremos nas Praias...”, 8 de Março de 2018.
155.           “Homenagem à Mulher no Dia da Mulher”, 8 de Março de 2018.