domingo, 31 de dezembro de 2017


NO PRINCÍPIO DE UM NOVO ANO, PARECE APROPRIADO INVOCAR JANUS, A  MUITO ANTIGA DIVINDADE ROMANA
a quem foi consagrado o primeiro mês do ano, por isso chamado Janeiro. Mas assim como as suas duas faces representavam o primeiro mês do novo ano, também evocavam o último da ano anterior, sendo assim o deus das entradas e saídas, do Passado e do Futuro. Por isso era geralmente representado com uma face idosa e a outra jovem como se pode ver no busto italiano setecentista exibido no Museu do Hermitage. 

A sua dupla face tinha o seu equivalente no templo que lhe foi dedicado, com duas portas que deveriam estar abertas em tempo de guerra e só encerradas nos raros períodos em que Roma se encontrou em paz. Janus era, portanto, também um deus da guerra, mas ainda um importante protector dos homens, já que lhe atribuem, entre outros benefícios, a invenção do moeda, da navegação e da agricultura, emparelhando-o assim, de certo modo, com Prometeu, a divindade grega protectora da Humanidade, por isso cruelmente punido por Zeus.

O seu templo original foi destruído e uma igreja cristã ocupa o seu antigo local. Restam-nos algumas representações em moedas romanas, como o sestércio que a seguir se apresenta

 e as ruínas de um templo galo-romano alegadamente dedicado ao mesmo deus, na cidade francesa de Autun, antiga Augustodunum, embora sem quaisquer provas arqueológicas ou documentais dessa invocação.


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