MONTESINHO, TRÁS-OS-MONTES
Carlos Rodarte Veloso
(Publicado na “Correio Transmontano”, 12-2-2017)
Já conhecia Trás-os-Montes quando, no final de Agosto de
2000 visitei o Parque Natural de Montesinho. Sabia que era parte da Terra Fria
Transmontana e o alojamento, com duche frio, não me deixou dúvidas a esse
respeito, apesar de ser Verão, um Verão quente que proporcionou alguns
incêndios nesta região privilegiada pela abundância de castanheiros, o melhor da
flora nativa portuguesa.
Sem pretender traçar um itinerário turístico desta região
que visitei em apenas dois dias, quero deixar aqui uma refeência muito especial
à aldeia de Cova da Lua, nome desde logo apetitoso pelas sugestões pagãs que invoca mas,
principalmente, pela beleza da paisagem e a presença, no espaço de uma aldeia
então ainda bastante intocada – espero que assim continue – de diversos
elementos tradicionais ainda conservados, desde os pombais em ferradura típicos
do Noroeste português, ao lagar de azeite artesanal, ainda bem conservado e
funcional.
A pequena Igreja de Nossa Senhora da Hera, é outro
elemento de interesse, associado à própria tipologia da casa transmontana que
aqui abunda, com as suas paredes graníticas, cuja textura convida a um exame
atento e à admiração por um trabalho ancestral que marcou profundamente a
paisagem local.
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