quarta-feira, 17 de maio de 2017


ASSASSINOS "DIPLOMADOS" DA LÍNGUA PORTUGUESA
Carlos Rodarte Veloso

São tantas as asneiras multiplicadas a partir dos media, que parece uma tarefa impossível lutar contra a corrente. Já não bastava o "acordo" ortográfico - que não aceito, nem morto! -
mas junta-se-lhe a "autoridade" das "celebridades" que teimam em assassinar a nossa bela Língua.
Às vezes essa "autoridade" reside apenas no tempo de antena que é concedido mesmo a reconhecidos grunhos como Jorge de Jesus, uma avantesma saída do caos primordial e que não aprende nada, depois de anos a debitar horrores gramaticais. Esse devia viver com uma mordaça na boca!
Outras vezes, esses erros são divulgados por "jornalistas" da imprensa escrita ou da televisão, alguns deles (como José Rodrigues dos Santos) orgulhosamente asneirentos por se terem na conta de "escritores" e darem aulas em universidades! Ou por "escritores" e "escritoras", como as centenas de escrevinhadores da "literatura" light que nos últimos anos se têm multiplicado como cogumelos e, salvo honrosas excepções, demonstram a cada linha o seu desconhecimento das mais simples regras ortográficas e, especialmente, sintáticas.
Devia haver multas para estes assassinos da Língua Portuguesa, que são como que um vírus que se multiplica devido à "autoridade" de que parecem investidos.
Casos há de erros, já de tal forma enraizados, que é muito difícil corrigi-los. É claro que uma melhoria do ensino do Português, especialmente a partir dos primeiros graus de ensino, poderia melhorar a situação, mas quando vemos frequentemente que até professores perpetuam esses erros desde o Ensino Básico ao Superior, o problema torna-se quase insolúvel.
Alguns "bons" exemplos das asneiras com que tropeçamos a cada passo:
~ "ir de encontro a" (que significa negação) em vez de "ir ao encontro de" (que indica afirmação)
~ o "grama" que é uma palavra masculina, tal como quilograma ou quilo (mas que ouvimos continuamente como feminino)
~ "despoletar" (que significa desarmar) em vez de "espoletar" (que significa armar - uma bomba, uma reacção - preparar algo, etc.)
~ palavras como "pode-mos" em vez de "podemos", que é a forma correcta, "há-des" em vez de "hás-de" e muitas outras na mesma onda...
~ a não utilização do h na forma verbal "há", que tem que ver com haver, existir... (Ex.: Há muito tempo)
~a incorrecta utilização desse mesmo h na palavra "à" (Ex.: Eu fui à praia).
Deixo aqui esta pequena reflexão, como uma chamada de atenção para a necessidade de salvarmos, enquanto é tempo, esse tesouro que é uma das Línguas mais belas do mundo, o Português. Os seus verdadeiros escritores são o exemplo a seguir.






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