domingo, 14 de maio de 2017


PEQUENO APONTAMENTO SOBRE A

HISTÓRIA DA PORCELANA EUROPEIA

Carlos Rodarte Veloso

Com a chegada dos Portugueses à China iniciou-se a importação para a Europa de um novo produto cerâmico até então aqui desconhecido: a Porcelana. O seu êxito foi tão grande que a própria Corte, instituições religiosas e particulares abastados começaram a encomendar peças com brazões ou simples legendas. O desconhecimento pelos artífices chineses da iconografia ocidental e da próprio alfabeto latino levou, numa primeira fase, à produção de peças com as letras e os escudos de armas invertidos. Com o aprofundamento das relações comerciais esse erros foram corrigidos e normalizada a circulação dessas cobiçadas baixelas através da naus da Carreira da Índia. Com o alargamento dessas importações ao resto da Europa e o triunfo do capitalismo comercial nas novas potências marítimas – Inglaterra, Holanda, França –, essas peças de importação nacional ganharam a errada designação de “Companhia das Índias”, a qual se manteve até aos nossos dias.


 
A descoberta do segredo do fabrico da porcelana, baseado no caulino, até então apenas conhecido dos Chineses, vai mobilizar a indústria europeia a partir do século XVIII, ao mesmo tempo que cria um gosto que já existia em relação aos originais asiáticos e a que fora dado o nome de chinoiseries.
Um a um, diversos países europeus iniciam a produção, rodeados de um secretismo e segurança  só equivalente aos segredos militares.


As manufacturas surgem sucessivamente em:



   
Meissen, próximo de Dresden, iniciando a sua produção em 1710.
                                                                      


Viena, 1718.
   


       
Sèvres, próximo de Paris. Iniciou a sua produção em 1738, em Vincennes, com o patronato de Luís XV e de Madame de Pompadour.  Mudou-se para Sèvres em 1756.


   
Chelsea, 1745.
           


         
Nymphenburg na Baviera, 1747.
     

    
Berlim, 1751.
                           

                        
Capodimonte, Itália, 1759.
      


   
Buen Retiro, próximo de Madrid, 1760.
    



Vista Alegre, Portugal 1824.




GLOSSÁRIO:
                                    

                                   
Biscuit (sofria dupla cozedura que criava a extraordinária textura e cor branca baço)


Bibelots (bugigangas)




Figuras da Commedia dell’Arte (figuras do teatro popular italiano).


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